Quem sou? O que quero? De onde vim? Para onde vou?
O que fazer agora para viver a vida neste momento?
Estas e outras questões podem ser partes do dia a dia de
muitos aqui entre nós agora, mas quais as respostas?
Num primeiro momento podemos ler mais, estudar mais, querer
saber mais sobre tudo e logo percebemos que o estado interior provocado pelas
indagações continua ativo. Mesmo que tenhamos um conhecimento sobre algo, uma
determinada ciência, uma determinada filosofia, enfim, conhecimentos
intelectuais sobre assuntos que possam nos ajudar a responder isso, chegamos num ponto
onde nada é resposta e onde tudo é pergunta. Se formos mais adiante vamos
perdendo as convicções e é nesse ponto que começamos a ter um vislumbre das
respostas, mas mesmo assim continuamos a jornada para conseguir respostas fora
de nós mesmos.
Percorri vários caminhos fora de mim quando um dia enfim
cansei de me esforçar em saber algo que nem sei se seria útil para mim agora.
Quando paro e entro em mim mesmo começo a perceber algo que não sei o que, nem
o que é. Um lugar onde tudo é percebido e nada é indagado nem respondido. Um
ponto onde tudo e nada convivem sem medo e sem conceitos. Quando canso percebo,
quando paro começo, quando sinto transformo. Nada sei sobre isso e tudo sei
sobre o que percebo. Nesse momento tudo é relativo e existe apenas a percepção
de quem percebe.
Esse que percebe será que sou eu? Quando pergunto isso deixo
de ser quem percebe e volto a ser Eu, cheio de indagações e fugas e encontros
com alguém que eu acho que conheço, Eu. O Eu separado por pensamentos,
conceitos, sentimentos e cores que somente o Eu vê.
Será que se deixar de ser Eu consigo Ser o que realmente
sou? Essa pergunta ainda é do Eu. Novamente começo a dança sem par, separada da
dança do Ser. Em outro instante percebo que nada encontrei e volto pra dentro
para aquele lugar onde percebi que não sou somente Eu. Uma estrada para o que
percebe. Quando chego não sou Eu e percebo o Ser e começa a dança agora com
vários pares, infinitas possibilidades, pois não sou Eu separado, sou e percebo
o Ser. Agora posso voltar no Eu e nunca mais estarei na dança sem par. O Eu agora é parte como sempre foi, o que existia
era a ilusão da mente separada, da emoção separada, do físico separado, de Eu ser
separado. Era apenas uma ilusão. Agora e
digo agora, nesse ponto em que escrevo sou Um com tudo e com você que lê. Perceba
a dança.
Parceiro na dança: percepção para chegar Aqui e estar apenas na Presença do eterno Agora. É assim que caminho meu caminho sem ida nem vinda a partir de sempre, no momento do (re)encontro com um "Toque". Aquele que me tocou, e a você e a nós todos Um.
ResponderExcluirGratidão pelo aconchego e pelas partilhas. À você e Malu.
Carinho,
Valeria